segunda-feira, maio 22, 2006

Leopoldina



Querem conhecer a história? Então preparem-se porque vamos desvendar o maior de todos os segredos: a Leopoldina vai-nos levar a um mundo encantado onde os brinquedos ganham vida e a brincadeira nunca acaba. E esse Mundo existe!

Ar, água, terra e fogo - os 4 elementos - juntaram forças para criar um mundo encantado onde as crianças podem viver os seus sonhos mais coloridos. A Leopoldina vai guiar milhares de meninos e meninas numa visita extraordinária e vai levá-los a conhecer os recantos da sua terra e apresentar-lhes os seus amigos. O Cuco Maluco que sobrevoa o Mundo Encantado no seu avião, o simpático Vulcão Atchim que cada vez que espirra atira brinquedos em todas as direcções, a Aldeia da Brincadeira onde cada dia é uma Festa, o Trilho das Guloseimas onde cada canto é uma delícia e o Lago Splash com os seus divertidos peixinhos Arco íris, são alguns dos mais extraordinários locais e protagonistas desta maravilhosa história. Mas vamos ficar a conhecer também o Imperador Mao e o seu terrível plano: transformar todos os magníficos brinquedos em aborrecidos electrodomésticos. Será que a Leopoldina e as Crianças vão conseguir dar a esta história um final feliz? É o que vamos ficar a saber neste espectáculo, a maior e mais surpreendente produção de um musical infantil em Portugal. O disco da Leopoldina e o Mundo Encantado dos Brinquedos ganha vida em palco com todos os personagens que deslumbram os mais novos. Música, dança e muitas aventuras chegam agora aos palcos dos Coliseus de Lisboa e Porto. A Leopoldina vai abrir a porta deste mundo a milhares de crianças. Porque afinal é a elas que este Mundo Encantado pertence.

segunda-feira, maio 15, 2006

Para todos os anjos...

Uma vez uma criança estava pronta para nascer.

Um dia a criança perguntou a Deus, “Disseram-me que me vais enviar amanhã para a Terra, mas como vou viver lá sendo tão pequena e indefesa?”

Deus respondeu, “De entre muitos anjos, Eu escolhi um para ti. Ele estará à tua espera e cuidará de ti".

“Mas” disse a criança, “aqui no Céu eu não faço mais que cantar e sorrir. É o que eu preciso para ser feliz!"


Deus disse, “O teu anjo cantará para ti todos os dias. E sentirás o amor do teu anjo e serás feliz".

“E, disse a criança, "como serei capaz de compreender as pessoas quando falarem comigo, se eu não conheço a linguagem que o homem fala?"

”É fácil ", disse Deus “O teu anjo te ensinará as mais belas e doces palavras que jamais ouviste,
e com muita paciência e carinho, o teu anjo te ensinará a falar".

A criança olhou para o alto e para Deus dizendo, ”E que farei quando eu quiser falar contigo?"

Deus sorriu para a criança dizendo, “O teu anjo juntará as tuas mãos e te ensinará a orar".

A criança disse, “Ouvi dizer que na Terra existem homens maus. Quem me irá proteger?"

Deus envolve com suas mãos a criança, dizendo, “O teu anjo te defenderá – mesmo que arrisque a sua vida!"

A criança entristeceu dizendo, “mas ficarei muito triste porque nunca mais te irei ver".

Deus abraça a criança “O teu anjo falará sempre acerca de mim e irá ensinar-te o caminho de volta para mim, além de que eu estarei sempre junto de ti".

Neste momento houve muita paz no Céu, mas as palavras da terra podem agora ser ouvidas.

A criança ansiosa, pergunta suavemente, "Oh Deus, Se eu tenho agora de partir por favor diz-me o nome do meu anjo!"

Deus respondeu,
“O nome do teu anjo não tem importancia… Tu irás simplesmente chamar-lhe

“MÃE!"

quarta-feira, maio 10, 2006

O meu bebé não pára de chorar…


Todos os bebés choram de vez em quando, uns mais do que outros. Durante os primeiros meses o choro é normalmente um sinal de fome, desconforto ou cansaço. É o único meio que o bebé tem para comunicar que algo está mal…

Os pais vivem os primeiros dias de vida do seu bebé num estado de confusão de sentimentos: à enorme felicidade associa-se a ansiedade e o medo de não ser capaz. Informações contraditórias chegam de todos quantos os visitam. "Porque é que chora o meu bebé?" Todos os bebés choram de vez em quando, uns mais do que outros. Segundo estudos realizados nesta área, a média total é de duas horas por dia no primeiro mês. Durante os primeiros meses, o choro é normalmente um sinal de fome, de desconforto ou de cansaço.

Fome
O bebé com fome chora imediatamente antes da hora da mamada e deixa de chorar assim que se alimenta. Nos primeiros meses de vida, e em especial no primeiro mês, os lactentes fazem mamadas mais frequentes e curtas. Ao contrário de toda a fisiologia animal, a "normalização horária" da sociedade resultou na imposição horária tanto na duração das mamadas como no espaçamento das mesmas e na consequente recusa das mamadas a pedido.

Desconforto
O choro pode ser sinal de desconforto provocado por fralda suja, calor ou frio. Durante os três primeiros meses de vida é frequente os bebés terem dores abdominais por acumulação de gases - cólicas periódicas. O bebé tem períodos irregulares de choro ao longo do dia ou noite e apresenta distensão abdominal. Muitas vezes manifesta desconforto após a refeição, mexendo-se muito.

Para evitar a acumulação de gases apresentamos alguns conselhos:

- Tente criar um ambiente calmo para não transmitir a sua ansiedade ao bebé.
- Evite que durante a refeição o bebé engula ar. Não o deixe muitas horas sem se alimentar porque ao tentar comer mais depressa irá engolir mais ar. Adapte-o bem à mama ou, no caso de usar biberão, tenha o cuidado de o inclinar o suficiente de forma a que a tetina seja completamente preenchida por leite.
- No final de cada mamada segure o bebé com a cabecinha e tronco em posição vertical. Deixe-o arrotar bem e espere assim, mais um pouco, antes de o deitar.

Cansaço
O choro limitado a um período particular do dia (quase sempre nas últimas horas do dia) é provavelmente sinal de cansaço. O bebé cansado pode ter sido muito estimulado durante o dia e assim não adormecer sem passar por um período de agitação.

Alguns conselhos:
Não deixe o bebé chorar durante longos períodos de tempo sem averiguar o motivo. Este é o único meio que o bebé tem para comunicar que alguma coisa está mal.

É importante transmitir calma ao bebé. "Aqui estão os teus pais para te ajudar." Se o choro se tornar inconsolável, se o bebé vomitar, se surgir febre ou recusa em alimentar-se consulte imediatamente o médico. Só ele poderá esclarecer todas as dúvidas.
Carla Sá

A Flauta Quase Mágica




Teatro Municipal S. Luiz
Endereço: Rua António Maria Cardoso, 381200-027 Lisboa
6, 7, 13, 14 Mai: 17h30, 9 a 12 Mai: 11h
A Flauta Quase Mágica é uma reinvenção de A Flauta Mágica de Mozart. No centro da peça estão as figuras de DJ Moz e VJ Art, um duo verdadeiramente transdisciplinar e actual que utiliza os vários talentos de uma equipa criativa, e tambem do público, para criar algo que está algures entre uma peça de música, de teatro e de arte digital.A acompanhar, e quase em simultâneo com a realização da peça, há workshops com Paulo Maria Rodrigues, Luís Girão (Dj Moz) e João Raposo (VJ Art), para alunos do 9º ao 12º ano, cujo objectivo é mostrar como se desconstruiu a Flauta Mágica e como se construiu a Flauta Quase Mágica.Os workshops realizam-se dias 9, 10 e 11 de Maio, das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.

segunda-feira, maio 01, 2006

A Matemática no Jardim de Infância

É dada pouca ou nenhuma atenção à Matemática nas nossas escolas (independentemente do grau de ensino) e o Jardim de Infância não é excepção, esquecendo-nos que esta é decisiva para a estruturação do pensamento.
As crianças vão espontaneamente construindo noções matemáticas a partir das vivências do dia a dia. O papel da matemática na estruturação do pensamento, as suas funções na vida corrente e a sua importância para aprendizagens futuras, determina a atenção que lhe deve ser dada no Jardim de Infância, cujo quotidiano oferece múltiplas possibilidades de aprendizagens matemáticas.
É necessário ter-se presente que a principal finalidade da educação Pré Escolar não é a aquisição imediata dos conhecimentos, mas a formação de atitudes correctas e habilidades necessárias para essa aprendizagem.
O desenvolvimento da criança não pode nem deve ser entendido como uma via cujo trajecto é obrigatório e previamente determinado.
O facto de encontrarmos crianças da mesma idade com capacidades e competências muito diferentes, não nos permite fazer comparações, nem emitir juízos de valor e muito menos estabelecer prognósticos precipitados.
Todas as crianças contêm em si próprias um grande potencial de desenvolvimento que se irá manifestar em plenitude se lhe soubermos proporcionar as condições e as oportunidades e se respeitarmos o seu ritmo de maturação.
A matemática é reconhecidamente decisiva para a estruturação do pensamento humano e a plena integração na vida social. A criança não aprende conceitos numéricos com desenhos, nem apenas pela manipulação de objectos, constroem conceitos à medida em que actuam mentalmente sobre eles e os relaciona. A importância da actividade lúdica para as crianças em idade Pré Escolar é por demais saliente. São as próprias crianças que vão construindo com maior ou menor consistência os conceitos matemáticos na sua vivência do dia a dia, cabendo à escola o papel de sistematizar e consolidar esses seus conhecimentos e capacidades espontaneamente desenvolvidas.
As aprendizagens matemáticas estão ligadas à linguagem porque implicam não só a apropriação do conceito, mas também a sua designação.
Importa que, nós educadores, saibamos propor situações problemáticas e permitir que as crianças encontrem as suas próprias soluções, que as debatam com outra criança, num pequeno grupo, ou mesmo com todo o grupo.
Neste processo de resolução de problemas não se trata de apoiar as soluções consideradas correctas, mas de estimular as razões da solução, de forma a fomentar o desenvolvimento do raciocínio e do espírito crítico. A resolução de problemas constitui uma situação de aprendizagem em que a criança será confrontada com questões que não são de resposta imediata, mas que a levam a reflectir no como e no porquê, fundamental em crianças com 5/6 anos.
É importante que as crianças aprendam não apenas conteúdos matemáticos, mas que se envolvam nos processos matemáticos: procurando padrões, raciocinando acerca de dados, resolvendo problemas e comunicando as suas ideias e resultados. Deste modo as crianças desenvolvem o pensamento crítico.
A pratica pedagógica deveria proporcionar às crianças uma melhor compreensão da natureza do conhecimento, em geral, e da Matemática em particular
Os Educadores de Infância precisam de tomar em consideração os conhecimentos matemáticos informais das crianças, pois tal como outros «conhecimentos consequenciais» (Sternberg, 1984), a matemática não é simplesmente um conjunto de factos e procedimentos isolados a ser memorizados através de uma pratica repetida. A matemática implica um conjunto altamente estruturado de informação repleta de relações. A investigação cognitiva mais recente mostra que a aprendizagem consistente da matemática envolve construir activamente uma compreensão destas relações. Mostra também que estimular essa aprendizagem implica construí-la a partir do conhecimento que as crianças já possuem, incluindo o seu conhecimento informal.
Acima de tudo, deve-se dar à criança a oportunidade de usar os conhecimentos que possui para tentar resolver um problema ou uma questão. O educador deve ouvir com atenção quando as crianças lhe explicam as suas ideias e soluções. (Carpenter, Fennema, Peterson, 1989) Mesmo as respostas confusas ou incorrectas podem ser informativas, porque reflectem o nível de compreensão da criança nesse momento. Além disso, é importante encorajar as crianças a partilharem as suas ideias e estratégias com os outros.(Carpenter et al.,1989; Kamii, 1985). Quando o educador e as outras crianças prestam atenção, isso «diz» à criança que as suas ideias e estratégias são importantes, o que as ajuda a ganhar confiança e também a compreenderem que a parte mais importante da matemática é pensar e comunicar.
Em conclusão, o que se pretende é que a criança descubra, questione, explore e construa o seu próprio conhecimento matemático.


Ângela Monfort

A criança hiperactiva

A síndroma de Défice de Atenção e Hiperactividade pode ocorrer em 3% a 20% das crianças em idade escolar, sendo os rapazes 4 a 9 vezes mais afectados que as raparigas.
A síndroma de Défice de Atenção e Hiperactividade pode ocorrer em 3% a 20% das crianças em idade escolar, sendo os rapazes 4 a 9 vezes mais afectados que as raparigas. Actualmente, a maior exigência e as elevadas expectativas no desempenho escolar levam a um maior número de diagnósticos.

As manifestações clínicas da síndroma de Défice de Atenção e Hiperactividade podem ser muito precoces, mas é na escola que as alterações da atenção e a excessiva actividade das crianças afectadas constituem um problema sério.

Nas crianças com Défice de Atenção e Hiperactividade as alterações do comportamento são a inatenção, a hiperactividade e a impulsividade.

A inatenção manifesta-se pela incapacidade de as crianças se manterem atentas. As crianças evitam tarefas que requeiram concentração, distraem-se facilmente e parecem não escutar. A dificuldade de concentração está sempre presente nesta síndroma.

A hiperactividade resulta na impossibilidade do controlo da actividade e dos impulsos em situações em que o controlo é fundamental, nomeadamente na escola. Perturbam as aulas, respondem antes de ser completada a pergunta, interrompem os colegas, não aguardam a sua vez, mudam constantemente de actividade e não se mantêm sentados. A hiperactividade é a principal característica desta síndroma que, quando associada à impulsividade é particularmente problemática, levando por vezes a acidentes pessoais.

As crianças com Défice de Atenção e Hiperactividade são geralmente desorganizadas, desajeitadas, sem habilidade para o desporto, com um aproveitamento escolar irregular e pouco sociais, o que leva a uma baixa auto-estima.

A causa desta perturbação neurocomportamental ainda não é conhecida. Vários estudos, no entanto, apontam para uma base genética pois há maior risco de incidência em irmãos, principalmente nos gémeos idênticos, e é frequente existir um familiar próximo também afectado, geralmente o pai, nas famílias de crianças com este diagnóstico.

O diagnóstico é essencialmente clínico e baseado em critérios comportamentais. Os sintomas descritos - inatenção, hiperactividade e impulsividade - devem existir há mais de seis meses, ter-se iniciado antes dos sete anos de idade e manifestar-se em diferentes circunstâncias, nomeadamente em casa e na escola.

É sempre necessário verificar se existem doenças associadas, nomeadamente da visão e da audição. Para estabelecer o diagnóstico devem ainda ser excluídas as variantes do normal relacionadas com a idade e o sexo e ainda com as características temperamentais da criança.

Um problema de saúde
Após o diagnóstico são necessários o esclarecimento e aconselhamento adequado da criança, dos pais e dos professores. É fundamental que todos entendam esta alteração de comportamento como um problema de saúde da criança e não como um problema de disciplina. Esta atitude é o passo mais importante para uma evolução favorável. Em casa e na escola todos devem assumir uma atitude positiva valorizando os comportamentos adequados e evitando as críticas sistemáticas.

Na sala de aula o aluno deve estar na primeira fila, deve ser reduzido o número de alunos da turma e deve ser proporcionado apoio educativo individualizado. Devem adaptar-se as actividades escolares ao tempo de concentração do aluno, incentivando-o a participar nas tarefas escolares.

Existe benefício na utilização de medicação psicostimulante na melhoria da atenção e na redução da hiperactividade e impulsividade. No entanto a medicação nunca é a primeira opção de tratamento, devendo ser sempre usada em associação com as alterações da rotina escolar, da estrutura das aulas e da atitude perante a criança, evitando o stress e promovendo a auto-estima.

Os objectivos do tratamento das crianças com Défice de Atenção e Hiperactividade são a melhoria da aprendizagem e do rendimento escolar. A evolução é habitualmente favorável quando a criança é bem acompanhada e apoiada.

Almerinda Maria Pereira