sábado, dezembro 23, 2006

domingo, dezembro 10, 2006

Infecções respiratórias no Inverno

Neste artigo apresentamos algumas recomendações para a prevenção do contágio de infecções respiratórias entre os mais pequeninos.

O vírus sincicial respiratório (RSV) é um vírus muito comum, sendo uma das causas de infecções respiratórias em bebés pequenos. É extremamente contagioso e a maioria das crianças pode contraí-lo até aos 2 anos de idade.

Enquanto que uma infecção por RSV origina nas crianças saudáveis sintomas semelhantes a uma constipação, em grupos de risco pode dar origem a uma doença mais grave. Os grupos de risco são bebés prematuros, pela fragilidade das suas vias respiratórias, do seu sistema imunitário e pela diminuição dos anticorpos maternos que os protegem, e também os bebés com doenças pulmonares crónicas, como a displasia broncopulmonar que pode ocorrer em grandes prematuros.

Os bebés em elevado risco de doença induzida pelo RSV são aqueles que se encontram expostos a situações que proporcionam a propagação do vírus, nomeadamente, hospitais, infantários, agregados familiares numerosos, a presença de irmãos mais velhos e também ambientes onde se encontram fumadores.

Algumas recomendações que deve seguir para diminuir a propagação do RSV e outros vírus respiratórios:

Lave as mãos com água morna e sabão antes de tocar no bebé.
Se estiver constipado ou com febre evite estar junto do bebé. Se for mesmo necessário, deverá recorrer à utilização de uma máscara.
Evite beijar o bebé, porque pode transmitir-lhe a infecção por RSV (em alternativa, pode abraçá-lo ou acariciar a cabecinha do bebé).
Procure manter as crianças mais velhas afastadas do bebé.
Não fume ao pé do bebé.
Evite locais com muita gente.
Tente passear o bebé em locais arejados e não poluídos.

Albina Silva
Serviço de Pediatria do Hospital de São Marcos

domingo, novembro 19, 2006

E porque o Natal está a bater à porta...

http://www.arquidiocese-bh.org.br/diversos/festas/natal/presentes.gif


Crianças estragadas?

Chega o Natal (por exemplo) e as crianças são inundadas de prendas... Até se torna difícil manter a ilusão do Menino Jesus ou do Pai Natal - para os que ainda acreditam, porque os mais crescidos, normalmente, tornam-se perigosamente calculistas...

Farão eles o que vêem os mais crescidos fazer?

No resto do ano, são os aniversários e o dia-a-dia, em que pouco lhes é recusado, face à insistência prepotente em que muitas crianças e pré-adolescentes são mestres, às exigências nunca recusadas e às "compensações" dos progenitores, trocando o tempo e o afecto necessários pelas recompensas materiais ditadas pela moda ou pelo capricho.

As crianças estragadas com mimos (materiais) nem se apercebem da sorte que têm!
Muitas aproveitam mesmo essa situação para fazer pirraça a colegas e amigos.

Em complemento, muitas, também, desenvolvem a crítica gratuita e fácil: torcem o nariz ao que lhes é dado e não praticam o reconhecimento pelo que devia ser a excepção e se torna a regra, o hábito...


A sociedade de consumo I

As crianças reproduzem o que vêem fazer (leia-se: "comprar"). O que os adultos fazem (quer tenham posses para isso ou não) é entendido pelos mais pequenos como um direito que também lhes assiste.

Se o adulto lidera pelo exemplo, e se o exemplo dado é o consumo...


A sociedade de consumo II

Muitos jogos e brinquedos já são concebidos para durar pouco (à imagem de muitos materiais e utensílios do dia-a-dia). Não se cultiva a solidez, a reparação, a durabilidade... Praticamente nenhum jogo ou brinquedo é concebido para passar à geração seguinte: são para "brincar" e deitar fora...

Para mais, o mercado é constantemente inundado de novidades e de marcas, às quais, pela pressão da moda ("Fulano tem..., Cicrano tem...") se torna difícil escapar.

Dizer não

Antes de o dizer às crianças, e para manter a coerência na acção, temos de ser nós, os adultos, a "praticar esta arte", a fugir do supérfluo e a questionar aquilo de que "precisamos", se "precisamos" e por que "precisamos".

É preciso saber dizer não às crianças - não a tudo, mas ao que se enquadra neste tema: o consumo indiscriminado e irreflectido: o "ter por ter" ou o "ter porque sim".

Se o adulto for, ele próprio, controlado, fica tudo mais fácil, e a criança habituar-se-á... Mesmo que custe um pouco, a princípio.
Vale a pena treinar os argumentos verdadeiros para dizer não. Cada um terá de encontrar os seus, mas não podem ser gratuitos ou apenas fruto do poder de ser o detentor do dinheiro...

Será preciso lutar contra (ou negociar...):
- Eu quero!!! (aos gritos ou não)
- Todos os meus amigos têm!
- Mas todos usam!
- Todos vão / fazem / ouvem / ...
- Mas não é caro... (este é difícil e combate-se, por vezes com o argumento da durabilidade e da utilidade)
E etc.


Princípios, princípios... E pistas

- Tal como já se disse, se o exemplo recebido dos adultos (os pais, normalmente) for coerente e se houver justificações /explicações sustentadas, claras e razoáveis... rebater os caprichos pode ser facilitado.

- É preciso criar a expectativa, estimular o desejo e promover o saber esperar.

- Fazer escolhas é também aprender a fazer concessões: uma qualquer lista de prendas pretendidas deve ser "analisada" e "tratada", antes de mais com bom senso.

- De caminho, tentar que a criança perceba de onde vem o dinheiro, como se obtém, como se ganha. E explicar também o que são e quais são as despesas fixas. Dar exemplos.

- Para compreender o valor do dinheiro, nada como tentar usar a mesada (ou a semanada) com estratégia... Mas depois não se pode "ser mole" com pedidos supérfluos. Por outro lado, pode-se estimular o "ganhar dinheiro" com tarefas extra... Por vezes obtêm-se bons resultados.

- Nunca cair no erro de negociar tudo em troca de dinheiro. As crianças têm de perceber que há tarefas que têm se ser "oferecidas" e partilhadas por todos.

- Nas mesadas ou semanadas, não cair no logro de dar adiantamentos... Promova-se o saber esperar...

- Para terminar: prendas e compras, sim, mas com conta, peso e medida!

sábado, novembro 04, 2006

A Lenda de São Martinho

Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França.
Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo.

Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.

De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola.

Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.

Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom.

É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.

sexta-feira, novembro 03, 2006

quarta-feira, novembro 01, 2006

Dedicado ao "L"

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Ser "aspie" no mundo dos outros


Existem cerca de 30 mil pessoas, em Portugal, com síndrome de Asperger. No entanto, muitos pais, médicos e educadores não sabem ainda do que se trata. Para fazer face à falta de informação, foi criada a APSA.

Lúcia, nome fictício, ainda mal se refez do espanto que sentiu ao conhecer o diagnóstico. Tem dois filhos, gémeos, com 36 anos, que sempre tiveram um percurso - aparentemente - normal. Na sua visão de mãe, «eram perfeitos» e tinham uma desenvoltura muito grande: aos 9 meses já caminhavam, com um ano e meio falavam e aos 3 anos de idade andavam de bicicleta, sem rodas de apoio. Entraram na escola primária antes dos 6 anos e tiveram um bom aproveitamento. Foram sempre bons alunos e até fizeram um curso superior. No entanto, Lúcia, ao olhar para trás, identifica a síndrome de Asperger (SA) em muitas das atitudes dos filhos: «Um deles, quando começou a ler, lia os anúncios na rua, juntava as palavras e dizia 33 letras. Quando chegava ao fim de uma página dizia 150, 160, ‘x' letras. E as pessoas começaram a fazer o teste: nesta frase, quantas letras há? E ele respondia. Mas eu não percebia por que ele fazia aquilo». O outro filho tinha uma forma peculiar de pôr a mesa: calculava o processo como se de um problema matemático se tratasse. «‘X' talheres, mais pratos, mais garrafa, ao dar 36 coisas a mesa está correcta» - explicava ele à mãe. Ao mesmo tempo, Lúcia conta que nenhum deles precisa de máquina de calcular: «Se eu disser um número qualquer a multiplicar por outro», exemplifica, «eles dão logo o resultado». Na altura, Lúcia achou que estes comportamentos eram normais e justificou-os pelo facto de o marido «trabalhar com números». No entanto, hoje reconhece que «isto faz parte [da síndrome de Asperger] porque o pensamento deles é, muitas vezes, em números».

Apesar da aparente normalidade dos filhos, Lúcia estranhou, recentemente, o facto de não conseguirem emprego, apesar de serem inteligentes e terem habilitações. Poderia até ser comum dadas as exigências do mercado de trabalho, no entanto, ao invés de ficarem preocupados, como a maioria das pessoas ficaria, os dois gémeos «estavam em casa dias inteiros e não se aborreciam porque tinham outros interesses, faziam colecções de quase tudo e entretinham-se a completar puzzles».
Preocupada, Lúcia resolveu procurar um psiquiatra para expor a situação dos filhos. Ouviu, como justificação, que eles tinham apenas «excesso de protecção». Mais tarde, através da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), Lúcia conseguiu identificar algumas das características dos filhos. Mas isto foi há apenas três anos. No entanto, a síndrome esteve sempre lá.

Segundo Nuno Lobo Antunes, médico neuropediatra e director clínico do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADIn), «as características comportamentais da SA surgem na infância» e «o diagnóstico baseia-se sempre num conjunto de comportamentos que incluem dificuldades de comunicação e socialização e interesses restritos».

Piedade Líbano Monteiro teve outra sorte: talvez por o seu filho ser mais novo e viver numa época diferente, conseguiu detectar a síndrome com mais antecedência. No entanto, até identificar quais eram as causas das diferenças do filho, passou algumas dificuldades: «Quando ele tinha dois anos percebemos que tinha um atraso global no desenvolvimento, mas o meu filho foi sempre acompanhado no Hospital de Santa Maria e nunca ouvi falar no Asperger. Eu sentia culpa em saber que o meu filho era diferente, mas ia ao médico e ele dizia-me que eu era tola porque o meu filho era óptimo, era um ‘come e dorme'. Só aos 10 anos quando o submeti a outra avaliação no CADIn é que ouvi falar na síndrome».

O aparente desinteresse de alguns médicos pela preocupação das mães ou, até, a falta de informação não atingiu só Lúcia e Piedade. Enquanto presidente e fundadora da APSA, Piedade Líbano Monteiro procura ajudar muitos pais que chegam em situação de «desânimo total». Muitos deles afirmam, relativamente aos médicos, que «nunca ninguém quis saber o que eles diziam». Nuno Lobo Antunes procura contrariar esta atitude, dizendo que «há um velho ditado em Pediatria que afirma que ‘as mães têm sempre razão'» e, por isso, considera que é preciso prestar «a maior atenção às inquietações dos pais». No entanto, compreende até certo ponto a reacção destes médicos: «Em termos comportamentais, muitas vezes os pais tendem a desvalorizar os problemas, enquanto as mães tendem a ser mais preocupadas. Isso pode levar a que o médico veja a mãe como ansiosa e ‘exagerada'».

O que é ter Asperger
De uma maneira geral, os ‘aspies' (pessoas com a síndrome de Asperger) têm dificuldades na comunicação, dificuldades no pensamento abstracto e no relacionamento social. Segundo informação disponível no site da APSA (http://www.apsa.org.pt), no que diz respeito à comunicação, os ‘aspies' podem falar com fluência, mas parecem não ligar às reacções das pessoas com quem falam. Além disso, têm dificuldade em entender metáforas, anedotas e entoações (frases como 'o gato comeu-te a língua?' ou 'isso para mim é chinês' podem gerar confusão).

Os ‘aspies' têm dificuldades ao nível do pensamento abstracto, o que pode causar problemas de aprendizagem na escola em matérias como Português e Filosofia. No entanto, são excelentes na memorização de factos e números e podem ser óptimos alunos a Matemática ou Geografia.

Em relação às dificuldades nas relações sociais, ao contrário dos autistas 'clássicos', que normalmente estão ausentes e desinteressados do mundo que os rodeia, muitos ‘aspies' querem ser sociáveis. No entanto, têm dificuldade em perceber sinais não-verbais, incluindo sentimentos traduzidos em expressões faciais, o que levanta problemas em criar e manter relações com pessoas que não percebem esta dificuldade.

Outras características possíveis podem ser interesses obsessivos por determinados assuntos ou gosto por rotinas (por exemplo, insistirem em seguir sempre o mesmo caminho para a escola).

No entanto, a lista de características pode ser maior e mais variada, consoante a pessoa. O neuropediatra Nuno Lobo Antunes acredita que «existe não só um espectro de gravidade distinto conforme os indivíduos, mas também grupos dentro dos SA com características especiais». Apesar de esta convicção ainda não ter sido comprovada cientificamente no campo da medicina, Piedade Líbano Monteiro concorda com o médico e, através da sua experiência diária com dezenas de pais e crianças com SA, afirma também que «nenhum Asperger é igual a outro».

(Continua)Os «aspies» e os outros
Apesar de a síndrome de Asperger poder ser tratada, ainda não tem cura. As causas também não são ainda totalmente conhecidas, mas alguns especialistas acreditam estar na origem um conjunto de factores neuro- biológicos que afectam o desenvolvimento cerebral. Segundo a APSA, «com tempo e paciência as pessoas com SA podem ser ensinadas a desenvolver as competências básicas para a vida do dia-a-dia», no entanto, para isso, é necessária uma grande dedicação da família, da escola e, até, dos amigos que os rodeiam.

Piedade Líbano Monteiro garante que não se sentiu revoltada quando tomou conhecimento do diagnóstico do filho, mas admite que «ver um filho a sofrer reproduz-se na família». Segundo a presidente da APSA, a possibilidade de a síndrome ter origem hereditária tem prejudicado a relação de alguns casais: «Tudo tem a ver com a forma como encaramos o que a vida nos dá. Se uma família tem um caso destes, mas não o aceita de coração aberto, pode ter os melhores técnicos do mundo que não resulta. Não pode haver culpa. Por isso é que os casais se separam, porque um assume a culpa». No seu caso pessoal, afirma que, apesar de não ter encarado a SA como «uma bênção», assumiu-a como «um sentido de vida diferente»: «Foi uma decisão minha e do meu marido. Vamos unir-nos para fazer frente a tudo o que estiver para vir. Se tivemos uma criança por amor, não é essa criança que vai separar-nos», garantiu, com convicção. No entanto, a relação do filho com a irmã, filha mais velha de Piedade, «não é fácil»: «Sem querer, a minha filha sempre cobrou atenção», conta a presidente da APSA, «ela gosta do irmão e preocupa-se imenso, mas ainda está na fase de revolta. É ‘a irmã do irmão diferente'. Ela sente-se lesada na paciência e muitas vezes digo-lhe ‘Eu tenho um tubo de paciência e o teu irmão gasta-me até cá acima. Desculpa, mas é só o que eu consigo'. É difícil para os irmãos».

No que diz respeito à escola, Piedade Líbano Monteiro sentiu necessidade de informar os professores sobre a síndrome do filho para «facilitar a abertura do caminho». Optou por colocá-lo numa escola pública, mas confessa que «foi uma dificuldade decidir o que fazer» porque «é muito difícil» lidar com alguns professores. Enquanto mãe, só desejaria que tratassem o filho «como igual, mas ligeiramente diferente», no entanto, considera que «às vezes há má vontade porque são miúdos que dão trabalho». Considera que o ensino oficial é a opção mais sensata porque luta «pela integração destas crianças» e «é ali que está a vida». Apesar disso, está certa que é preciso «fazer mudanças para recebê-los» e não «pedir a um menino com Asperger, autista ou de cadeira de rodas que se adapte».

Apesar das dificuldades sentidas, a presidente da APSA faz questão de destacar a Escola Básica n.º 1 António Torrado, em Tires, como um bom exemplo. Segundo conta, o filho «entrou com um rótulo de ‘não escolarizável'. Tinha 7 anos e dificilmente ia à casa-de-banho sozinho». No entanto, com a ajuda de uma professora oriunda dos Estados Unidos da América e de uma «equipa de apoio excelente», ele, hoje em dia, «ajuda os outros e saiu da escola a saber ler e escrever».
Devido às dificuldades na comunicação e nas relações sociais, para um ‘aspie', conviver com os vizinhos, colegas, conhecidos, amigos da família não é tarefa fácil. No caso de Piedade, há regras instituídas na família, seja na sua casa, na dos avós, tios ou amigos. Para o público em geral, não explica que o filho tem síndrome de Asperger, no entanto, estabeleceu «um código» com ele que é usado em determinadas situações: «Quando ele era pequenino, as pessoas podiam achar que eu é que o tinha educado mal», recorda. «Paciência. A vergonha era minha. Hoje ele não é mal-educado, depois de muito esforço meu. E se as pessoas olharem para ele de maneira diferente, não me importo. Mas se ele tiver comportamentos que, socialmente, não são convenientes - falar mais alto, fazer muitas perguntas às pessoas, andar com um cordel na mão, como é hábito dele - nós temos um código, que ele percebe, e pára imediatamente».

Já Lúcia, mãe dos gémeos de 36 anos, garante que «continua a haver preconceitos». Na sua opinião, as outras pessoas «vêem a boa figura» que os seus filhos têm «e não percebem o que está por detrás». Algumas - acrescenta - «estão incrédulas com o diagnóstico que foi feito». Por isso, vai informando «as pessoas que são da intimidade», mas considera que «não vale a pena» dizer às outras. Aliás, um dos seus filhos trabalha há mais de um ano num local de atendimento ao público e ninguém sabe que ele tem síndroma de Asperger.

O futuro, uma incógnita
É natural e compreensível que os pais se preocupem com o futuro dos filhos. Mesmo quando os filhos têm todas as capacidades para fazer face aos altos e baixos que vão surgindo ao longo da vida. No caso das crianças com síndrome de Asperger, ao terem algumas capacidades diminuídas, vão ter, consequentemente, mais dificuldades ou, pelo menos, vão necessitar de mais tempo e apoio para lidar com elas. É por este motivo - e por muitos outros - que os pais destas crianças sentem que têm «responsabilidades acrescidas». Tal como explica Piedade Líbano Monteiro, o que está para vir na vida dos filhos é o que mais angustia os pais: «Em relação à minha filha, com curso superior ou sem curso, casada ou solteira, com filhos ou sem filhos, com cabelo às riscas ou aos quadrados, não interessa, porque sei que ela vai ser um adulto independente. O meu filho não», afirma, emocionada, «O futuro é escuro. E se eu morro? É isto que faz a diferença».

Lúcia também confessa que o futuro é a sua «maior preocupação» e que «não é fácil pensar no que estará para lá». Na sua opinião, os filhos «chegaram a esta idade com a vida facilitada» e, apesar de terem «uma boa bagagem de educação», «não estão preparados para a vida».

Segundo a Associação Portuguesa da Síndrome de Asperger (APSA), as crianças com SA são «mais vulneráveis» e, na escola, são, muitas vezes, «um alvo preferencial do abuso físico e verbal por parte dos colegas». Ao mesmo tempo, ao crescerem, tomam melhor consciência da sua diferença e «podem ter tendência para a solidão e depressão».

As dificuldades na comunicação e no relacionamento social levam a que os ‘aspies' não percebam, muitas vezes, a intenção da outra pessoa, caindo, até, na ingenuidade. Os filhos de Lúcia são, segundo a mãe, «amigos dos amigos e até dos inimigos» porque «não sabem ver quando as pessoas ‘jogam' com eles». Piedade também nota que as pessoas com Asperger «são muito puras e, por isso, sofrem horrores». No entanto, de acordo com a APSA, «o futuro das pessoas com SA não necessita de ser obrigatoriamente negro». Os adultos podem vir a ter carreiras de sucesso, tomando partido das suas qualidades de obstinação, capacidade de memória e cálculo e também de algumas das suas características como a pontualidade, dedicação e fiabilidade.

Mas, para os pais, seria muito mais fácil e mais tranquilo garantir um apoio para os filhos ao longo da vida.

A APSA tem um projecto de futuro que passaria por criar uma residência onde crianças e adultos com Asperger pudessem morar, quando os pais morressem, com tutores e acompanhamento na gestão da sua vida pessoal e financeira (por exemplo, fazer refeições, pagar despesas, gerir o dinheiro). A nível profissional, a Associação ambiciona formar a pessoa com Asperger e a empresa que vai recebê-lo, assim como os futuros colegas, «para que possa existir harmonia». No entanto, a Associação Portuguesa da Síndrome de Asperger é uma instituição voluntária, criada por Piedade Líbano Monteiro em Novembro de 2003, incentivada pelo médico Nuno Lobo Antunes e com a ajuda da família e de vários outros voluntários. A sede é na sua própria casa. Ali recebe e atende centenas de pais vindos de todos os pontos do País e até do estrangeiro. Conta com o apoio técnico do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADIn) na realização de sessões de esclarecimento, debates e conferências.
Naturalmente, sem fins lucrativos, Piedade Líbano Monteiro garante que o único objectivo da APSA é fazer com que «os pais saibam que não são os únicos a ter um problema destes». No entanto, está presente aos olhos de todos os que quiserem ver que faltam apoios. E esses seriam, decerto, muito bem-vindos. De onde quer que venham.

Marta Rangel

quinta-feira, outubro 26, 2006

Bob - O Construtor (ao vivo)

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Data | 1 a 3 de Dezembro no Europarque (Santa Maria da Feira) e 8 a 10 de Dezembro no Pavilhão Atlântico (Lisboa)
Produção | Elec3city
Telefone | 214827193
E-mail | geral@elec3city.net
Webpage| http://www.elec3city.net/


Ele é o Bob, o Construtor! Ele é o Bob, o trabalhador… e apresenta o seu espectáculo Bob o Construtor… ao vivo!

Bob traz os seus amigos e as suas máquinas, em tamanho real, para aquele que será o maior espectáculo infantil do Natal de 2006. É uma grande produção, dos mesmos produtores de NODDY LIVE!, onde encontramos as músicas da série da TV, muitas luzes, muitos efeitos especiais, e muita, muita constru(ac)ção.

Bob já não é desconhecido do nosso pequeno-grande público, aliás já é um herói para as nossas crianças. Pela primeira vez em Portugal, Bob o Construtor… ao vivo! é apresentado às nossas crianças num enredo onde são transmitidos claramente os valores deste simpático personagem, valores que todos devemos considerar no nosso dia-a-dia.
Perante os valores pessoais que Bob defende não será de estranhar que cative tantos os pequenos como os graúdos.

- Pensamento positivo
- Trabalho de equipa
- Acompanhamento de projectos até ao final
- Autoconfiança

Bob prepara o cinturão de ferramentas e ajusta o capacete de construção enquanto Wendy e a equipa de máquinas se preparam para embarcar nesta aventura inédita.

Idade Mínima: 3
Promotor: Elec3city

Duração do espectáculo: 90 minutos

Peter Pan on Ice

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Data | Outubro de 2006
Local | Pavilhão Atlântico (Lisboa)
Telefone | 218918409
E-mail | info@pavilhaoatlantico.pt
Webpage| http://www.pavilhaoatlantico.pt

Local | Centro de Congressos e Desportos de Matosinhos (26 a 29 Outubro)
Telefone | 229371170
Fax | 229 373 213

Peter Pan leva-o a uma viagem inesquecível até a Terra do Nunca onde poderá reviver a sua infância e mais uma vez sair do espectáculo com um grande sorriso.

Uma fabulosa história no gelo que se desenvolve sobre a importância da família. É uma história onde amizade é testada ao limite por inveja e a confiança não é sempre o que parece. Com acrobacias, um guarda-roupa espectacular, a velocidade e encanto dos melhores patinadores artísticos do mundo e, obviamente, voos únicos.

Um espectáculo para toda a família a não perder, produzido por Holliday on Ice.

As crianças dos 3 até aos 10 anos inclusivé possuem um desconto de 50%.
Idade Mínima: 3
Promotor: Ritmos & Blues

Duração do espectáculo: 120 minutos

sexta-feira, setembro 22, 2006

Este livro é fantástico... aqui fica a dica

(como continuação do post anterior ;))

DIGA NÃO AOS SEUS FILHOS - Crianças Felizes e Saudáveis de John Rosemond

«Nos últimos quarenta anos transformámos a educação infantil em algo muito complexo e esquisito. A família passou a viver em função dos filhos, os pais tornaram-se permissivos, o disparate substituiu o bom senso. Não é de admirar que as crianças se tenham tornado egoístas, exigentes, mimadas, malcriadas, incontroláveis.

Durante os nossos primeiros anos de pais aconteceu-nos o mesmo. Eu e a minha mulher lemos todos os livros aconselhados, fizemos tudo o que os supostos especialistas recomendavam. Diziam-nos que respeitássemos Eric como nosso igual, mas quanto mais agíamos assim menos respeito tinha por nós; diziam-nos que as famílias deviam ser democráticas, mas quanto mais democráticos mais tirânico se revelava o nosso filho; afirmavam-nos que não se devia controlar as crianças, mas quanto menos o controlávamos mais descontrolado se tornava. Foi então que decidimos deixar de dar ouvidos aos especialistas e começar a educar os nossos com amor e determinação.»

John Rosemond

Pai, marido, terapeuta e autor consagradíssimo, John Rosemond escreveu um guia simples que libertará os pais de sentimentos de culpa, da exaustão e da ira que minam as famílias, colocando tantas vezes os pais um contra o outro, impedindo-os de orientar as crianças na direcção de uma vida autónoma, responsável e feliz. Algumas regras: o casamento em primeiro lugar, em primeiro lugar a relação entre os pais. Não tenha medo de dizer não aos seus filhos. Tente dar-lhes tudo o que precisam, mas pouco do que simplesmente querem. Elimine os brinquedos em excesso. Responsabilize-os, atribuindo-lhes tarefas adequadas. Exija-lhes obediência. Encoraje a criatividade reduzindo, com firmeza, o tempo à frente do televisor.

«Recomendo vivamente os conselhos eficazes de John Rosemond acerca da utilização da televisão. Os pais não podem deixar de ler este livro e atenderem aos conselhos de John Rosemond.»

Marie Winn

Birras

Transforme a birra numa prova de amor e faça o seu filho dar mais um passo em frente para a idade adulta.

A maioria das crianças entre os 18 meses e os 4 anos têm aquelas birras quase incontroláveis que deixam os seus pais sem saber como agir. Quem não teve que enfrentar uma birra do filho em plena rua ou no supermercado ou no jantar com os colegas do trabalho? O local e o momento não poderiam ser mais inconvenientes! Nesta fase, as crianças testam ao máximo os limites dos seus pais.

A birra resulta da percepção que a criança tem de si como ser individualizado com vontades, mas que ainda não entende que para viver em sociedade tem que ceder. Esta fase da "afirmação do eu" faz parte do crescimento normal da criança, do conquistar de uma identidade própria. Trata-se de um conflito no interior da criança entre a procura da autonomia e a dependência dos pais. É um claro sinal de crescimento! E é nestes momentos que muitos pais se questionam sobre as suas capacidades educativas. A maior dificuldade que os pais enfrentam é a de conciliar a compreensão, que visa proporcionar as trocas afectivas de que ela necessita, com uma determinada firmeza.

Em primeiro lugar, não se oponha se não tiver a certeza que será capaz de ir até ao fim. Se decidir enfrentar a birra então há que lidar com ela com calma e firmeza. Firmeza não implica ser agressivo, pelo contrário, alie a firmeza à suavidade.

Nesta fase, torna-se muito importante que os pais aprendam a não ter receio de dizer "não", deixando bem claro que o amor que sentem pelos filhos é incondicional. A disciplina é também uma forma de amor. Pratique-a sem ignorar os gostos da criança. Não necessita de se tornar um general. A disciplina é, depois do amor, o mais importante que se pode dar a uma criança. Explique sempre a razão do "não": "Não, porque te podes magoar ou magoar os outros ou estragar o brinquedo..." Expresse empatia e diga-lhe que compreende perfeitamente o que ela está a sentir: "Quando era pequena, a avó também não me deixava comer todos os doces que eu queria e eu ficava muito triste. Acontece que se comeres os doces todos vais ficar com uma valente dor de barriga, mas a mamã gosta muito de ti e não quer que te doa a barriguinha." Toque no seu filho numa tentativa de o reconfortar: afague os seus cabelos ou abrace-o. É preciso que você o ensine que as birras não farão mudar a opinião dos pais e que o seu amor por ela não se alterará. Após a birra, felicite-a por se ter decidido pelo bom comportamento.

Se mesmo assim não resultar, ignore-a por alguns minutos e continue o seu percurso. Muitas birras terminam quando as crianças deixam de ter público. É claro que nem sempre é possível, por exemplo, poderá tornar-se perigoso se o fizer na via pública. Neste caso será preferível conduzi-la pela sua mão e avisá-la que mais tarde será penalizada. As penas deverão ser adequadas à idade da criança e levadas até ao fim.

No caso das birras ao deitar, repare se o ambiente não é demasiado ruidoso. Leve-o para o quarto pela mão e conte-lhe uma história. As birras são também frequentes nas horas da refeição. Não insista ou valorize de mais a situação. Quando o seu filho tiver fome, com certeza vai comer tudo num ápice. Numa atitude de despero pode sentir-se tentado a oferecer alimentos mais atraentes mas não caia em tentação.

A birra permite também à criança lidar com os seus sentimentos e a auto-controlar-se. Incentive-a a fazê-lo com os seus próprios recursos. Aprender que tudo tem limites abre caminho para um convívio saudável com a sociedade e a uma boa integração na comunidade. As regras são fundamentais.

Só com firmeza as crianças aprendem a respeitar as regras propostas pelos pais. No mundo em que vivemos, que se rege por regras, o melhor é aprender a aceitá-las logo desde pequenino.

Susana Nunes

Mercadinho do Equinócio

24 Set: 11h-19h
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O Centro de Pedagogia e Animação do CCB avança com mais um Mercadinho, o do Equinócio, uma feira feita por crianças e para crianças, que pretende juntar crianças e famílias num ambiente diferente e ao ar livre. Nesta iniciativa, as famílias são convidadas a trazer para o Jardim das Oliveiras tudo o que lá em casa já não faz falta, brinquedos, livros, jogos desenhos e depois vendê-los (a preços até 1 Euro) com direito a bancada e tudo. Outros artigos mais originais também têm lugar: uma história bem lida, uma acrobacia, um truque de magia, uma limonada ou os bolinhos que se aprendem a fazer com a avó . Haverá ainda o lugar dos avaliadores para quem tenha dúvidas sobre o preço a dar ao seu artigo, e também um espaço para fazer as devidas etiquetas.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Mães na idade dos porquês

Mamãs espreitem aqui!

Vão adorar este site com questões sobre nutrição, higiene e desenvolvimento do bebé até aos 3 anos.

http://www.alviva-europe.com/img/puzzle/anne_geddes_tausendschoenchen.jpg

terça-feira, setembro 19, 2006

Workshop Músicos de Fraldas | 18-36 meses

http://www.orange.co.uk/images/editorial/news/BabyMusic01_170.jpg
Sábados 15h30 e 16h30

Vamos aprender a canção do olá? Há bolas que rebolam com os sons. Há bebés que dançam com os pais e avós que saltam um pára-quedas. As mãos balançam com as escalas, e as vozes sopram movimentos. Os bebés trocam suspiros e surpreendem-se com instrumentos que saem de um pano colorido. Mozart oferece melodias que voam com balões, e as chupetas param para ouvir os silêncios. Chega a canção do adeus e voltamos a calçar os sapatinhos. Aos sábados, a Casa da Música oferece mais surpresas com Músicos de Fraldas (um programa integrado na formação de Animadores Musicais da Casa da Música)

Preço: 5 € por bebé, com direito a 2 acompanhantes adultos

sexta-feira, setembro 15, 2006

Workshop Pim.Pam.Pum - Casa da música

Sex 1 Set 2006 a Dom 31 Dez 2006
10:00

Tendo como base um repertório de lengalengas tradicionais (algumas em vias de se perderem no tempo...), pretende-se neste workshop utilizar, combinar e manipular sons, elementos musicais e outros recursos apropriados para compor, arranjar e improvisar músicas e ainda desenvolver a criatividade e a sensibilidade musical.

maiores de 4 anos

O medo da separação

E porque é exactamente isto que os meus meninos estão a enfrentar, aqui vai:

Muitas crianças enfrentam o infantário com alegria e prazer, porque ali encontram novos amigos e podem brincar mais à vontade. Outras, porém, enfrentam mal a separação dos pais.

Muitas crianças enfrentam o infantário com alegria e prazer, porque ali encontram novos amigos e podem brincar mais à vontade. Outras, porém, enfrentam mal a separação dos pais.

É preciso transmitir-lhe um sentimento de calma e segurança, especialmente nos primeiros dias. Despeça-se sempre do seu filho, mesmo que ele chore, porque se não o fizer, a criança pode ficar ainda mais assustada e angustiada com o seu desaparecimento.

Não choramingue apenas por o ver chorar. Assim que entrar para o espaço do infantário depressa vai secar as lágrimas, mas se a vir a si fazer o mesmo, a angústia vai prevalecer.

Nos primeiros dias é também importante que o vá buscar mais cedo, de forma a que ele não pense que ficou esquecido. Uma criança pode ficar abalada se começar a ver todos os outros meninos a abalar com as suas mães e ele ficar sózinho.

Também não deve falar de coisas interessantes que aconteceram em casa quando ele não estava presente, porque isso o pode deprimir e fazer com que não queira voltar no dia seguinte.

Acima de tudo é necessário ter calma e demonstrar confiança, e transmitir essa imagem à criança.

sexta-feira, agosto 18, 2006

De regresso

Olá aqui estou eu de novo após umas feriasitas :D

E assim como eu também começa a chegar o regresso ao trabalhinho e por sua vez às aulas. Como este ano, para mim é um ano de transição, uma vez que terminei um grupo de meninos de 5 anos e irei iniar um novinho, com 3 anos, aqui ficam uns sites que podem consultar sobre atitudes a ter face o inicio/regresso às aulas.

Beijinhos

- Caloiros na Escola
- Ir para a escola/voltar à escola
- Os pais e a escola

quinta-feira, julho 13, 2006

Aqui ficam alguns conselhos para as férias...

O Sol e as Crianças

O risco de desenvolver cancro de pele está relacionado com a quantidade de radiação ultravioleta (UV) a que um indivíduo está exposto durante a vida, especialmente durante a infância - estima-se que 75% a 80% da exposição solar ocorre até aos 18 anos. Embora a exposição solar seja indispensável, nomeadamente para a produção de vitamina D, quando em excesso acarreta alguns riscos para a saúde, como as queimaduras solares, o envelhecimento precoce da pele, o cancro da pele (como o melanoma) ou problemas oculares (alterações da retina ou cataratas).

O risco de desenvolver cancro de pele está relacionado com a quantidade de radiação ultravioleta (UV) a que um indivíduo está exposto durante a vida, especialmente durante a infância - estima-se que 75% a 80% da exposição solar ocorre até aos 18 anos.

Os raios UV são um dos componentes da radiação solar e são filtrados aquando da sua passagem pela atmosfera, principalmente pela camada de ozono. Como esta camada tem vindo a diminuir, as consequências nefastas dos raios UV tem aumentado exponencialmente.

A pele das crianças é mais fina e sensível, pelo que mesmo um curto período de tempo de exposição solar ao meio-dia pode resultar em queimaduras graves.

As crianças em maior risco são as de raça branca, com olhos azuis, verdes ou cinzentos, cabelo loiro, castanho-claro ou ruivo e que fazem queimaduras solares facilmente. Os indivíduos de raça negra têm uma incidência muito menor de cancro de pele.

Conselhos de protecção

1. Evitar a exposição solar das 11h00 às 17h00 horas, dado que neste espaço de tempo o sol incide verticalmente à camada de ozono e os UVA e UVB atravessam-na mais facilmente.

2. Preferir a sombra, especialmente em crianças com menos de 1 ano de idade.

3. Usar roupa protectora (protecção de braços, tronco e pernas).

4. Usar chapéu com abas (protecção da face, nariz, orelhas e nuca).

5. Usar óculos de sol, com adequada protecção contra os raios UV (que não depende da cor das lentes, mas sim de um produto químico adicionado à lente para absorver os raios UV). As lentes de contacto não oferecem protecção.

6. Usar protector solar nas regiões expostas:

* Não só na praia e piscina, mas também em todas as actividades ao ar livre (desporto, "brincadeiras"...).
* Não esquecer que a neve, a areia e a água reflectem a radiação UV, levando a uma maior exposição a estes raios.
* Tipos de protectores: físicos, que funcionam como um microespelho e previnem quase todos os raios UVA e UVB de atingirem a pele, e químicos, que absorvem a radiação. Escolher um com protecção contra UVA e UVB.
* Usar protectores solares físicos, à base de óxido de zinco e dióxido de titânio, com a designação "infantil" e com factor de protecção 20 ou superior.
* Aplicar o protector cerca de 30 minutos antes da exposição solar e reaplicar regularmente consoante as necessidades (números de banhos, transpiração…).
* Cuidado especial com as crianças que têm sinais ou manchas - deverão usar factor de protecção mais elevado.

7. Beber muita água (para evitar desidratação).

8. Os pais e educadores devem dar o exemplo: a exposição solar de uma criança depende das atitudes e práticas dos seus prestadores de cuidados.



























Susana Carvalho

Estou de volta!

Depois de algum trabalho neste final de ano, estou de volta, mas por pouco tempo...e depois volto a regressar em Setembro!

Beijinhos

quinta-feira, junho 01, 2006

Declaração Universal dos Direitos da Criança

PRINCÍPIO 1º

A criança gozará todos os direitos enunciados nesta Declaração. Todas as crianças, absolutamente sem qualquer exceção, serão credoras destes direitos, sem distinção ou discriminação por motivo de de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua família.

PRINCÍPIO 2º

A criança gozará proteção social e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. Na instituição das leis visando este objetivo levar-se-ão em conta sobretudo, os melhores interesses da criança.

PRINCÍPIO 3º

Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e a uma nacionalidade.

PRINCÍPIO 4º

A criança gozará os benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e criar-se com saúde; para isto, tanto à criança como à mãe, serão proporcionados cuidados e proteção especiais, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais. A criança terá direito a alimentação, recreação e assistência médica adequadas.

PRINCÍPIO 5º

À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar.

PRINCÍPIO 6º

Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão. Criar-se-à, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos pais e, em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e material, salvo circunstâncias excepcionais, a criança da tenra idade não será apartada da mãe. À sociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação de propiciar cuidados especiais às crianças sem família e aquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.

PRINCÍPIO 7º

A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e compulsória pelo menos no grau primário.

Ser-lhe-á propiciada uma educação capaz de promover a sua cultura geral e capacitá-la a, em condições de iguais oportunidades, desenvolver as suas aptidões, sua capacidade de emitir juízo e seu senso de responsabilidade moral e social, e a tornar-se um membro útil da sociedade.

Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais.

A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.

PRINCÍPIO 8º

A criança figurará, em quaisquer circunstâncias, entre os primeiros a receber proteção e socorro.

PRINCÍPIO 9º

A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração. Não será jamais objeto de tráfico, sob qualquer forma.

Não será permitido à criança empregar-se antes da idade mínima conveniente; de nenhuma forma será levada a ou ser-lhe-á permitido empenhar-se em qualquer ocupação ou emprego que lhe prejudique a saúde ou a educação ou que interfira em seu desenvolvimento físico, mental ou moral.

PRINCÍPIO 10º

A criança gozará proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Criar-se-á num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.

segunda-feira, maio 22, 2006

Leopoldina



Querem conhecer a história? Então preparem-se porque vamos desvendar o maior de todos os segredos: a Leopoldina vai-nos levar a um mundo encantado onde os brinquedos ganham vida e a brincadeira nunca acaba. E esse Mundo existe!

Ar, água, terra e fogo - os 4 elementos - juntaram forças para criar um mundo encantado onde as crianças podem viver os seus sonhos mais coloridos. A Leopoldina vai guiar milhares de meninos e meninas numa visita extraordinária e vai levá-los a conhecer os recantos da sua terra e apresentar-lhes os seus amigos. O Cuco Maluco que sobrevoa o Mundo Encantado no seu avião, o simpático Vulcão Atchim que cada vez que espirra atira brinquedos em todas as direcções, a Aldeia da Brincadeira onde cada dia é uma Festa, o Trilho das Guloseimas onde cada canto é uma delícia e o Lago Splash com os seus divertidos peixinhos Arco íris, são alguns dos mais extraordinários locais e protagonistas desta maravilhosa história. Mas vamos ficar a conhecer também o Imperador Mao e o seu terrível plano: transformar todos os magníficos brinquedos em aborrecidos electrodomésticos. Será que a Leopoldina e as Crianças vão conseguir dar a esta história um final feliz? É o que vamos ficar a saber neste espectáculo, a maior e mais surpreendente produção de um musical infantil em Portugal. O disco da Leopoldina e o Mundo Encantado dos Brinquedos ganha vida em palco com todos os personagens que deslumbram os mais novos. Música, dança e muitas aventuras chegam agora aos palcos dos Coliseus de Lisboa e Porto. A Leopoldina vai abrir a porta deste mundo a milhares de crianças. Porque afinal é a elas que este Mundo Encantado pertence.

segunda-feira, maio 15, 2006

Para todos os anjos...

Uma vez uma criança estava pronta para nascer.

Um dia a criança perguntou a Deus, “Disseram-me que me vais enviar amanhã para a Terra, mas como vou viver lá sendo tão pequena e indefesa?”

Deus respondeu, “De entre muitos anjos, Eu escolhi um para ti. Ele estará à tua espera e cuidará de ti".

“Mas” disse a criança, “aqui no Céu eu não faço mais que cantar e sorrir. É o que eu preciso para ser feliz!"


Deus disse, “O teu anjo cantará para ti todos os dias. E sentirás o amor do teu anjo e serás feliz".

“E, disse a criança, "como serei capaz de compreender as pessoas quando falarem comigo, se eu não conheço a linguagem que o homem fala?"

”É fácil ", disse Deus “O teu anjo te ensinará as mais belas e doces palavras que jamais ouviste,
e com muita paciência e carinho, o teu anjo te ensinará a falar".

A criança olhou para o alto e para Deus dizendo, ”E que farei quando eu quiser falar contigo?"

Deus sorriu para a criança dizendo, “O teu anjo juntará as tuas mãos e te ensinará a orar".

A criança disse, “Ouvi dizer que na Terra existem homens maus. Quem me irá proteger?"

Deus envolve com suas mãos a criança, dizendo, “O teu anjo te defenderá – mesmo que arrisque a sua vida!"

A criança entristeceu dizendo, “mas ficarei muito triste porque nunca mais te irei ver".

Deus abraça a criança “O teu anjo falará sempre acerca de mim e irá ensinar-te o caminho de volta para mim, além de que eu estarei sempre junto de ti".

Neste momento houve muita paz no Céu, mas as palavras da terra podem agora ser ouvidas.

A criança ansiosa, pergunta suavemente, "Oh Deus, Se eu tenho agora de partir por favor diz-me o nome do meu anjo!"

Deus respondeu,
“O nome do teu anjo não tem importancia… Tu irás simplesmente chamar-lhe

“MÃE!"

quarta-feira, maio 10, 2006

O meu bebé não pára de chorar…


Todos os bebés choram de vez em quando, uns mais do que outros. Durante os primeiros meses o choro é normalmente um sinal de fome, desconforto ou cansaço. É o único meio que o bebé tem para comunicar que algo está mal…

Os pais vivem os primeiros dias de vida do seu bebé num estado de confusão de sentimentos: à enorme felicidade associa-se a ansiedade e o medo de não ser capaz. Informações contraditórias chegam de todos quantos os visitam. "Porque é que chora o meu bebé?" Todos os bebés choram de vez em quando, uns mais do que outros. Segundo estudos realizados nesta área, a média total é de duas horas por dia no primeiro mês. Durante os primeiros meses, o choro é normalmente um sinal de fome, de desconforto ou de cansaço.

Fome
O bebé com fome chora imediatamente antes da hora da mamada e deixa de chorar assim que se alimenta. Nos primeiros meses de vida, e em especial no primeiro mês, os lactentes fazem mamadas mais frequentes e curtas. Ao contrário de toda a fisiologia animal, a "normalização horária" da sociedade resultou na imposição horária tanto na duração das mamadas como no espaçamento das mesmas e na consequente recusa das mamadas a pedido.

Desconforto
O choro pode ser sinal de desconforto provocado por fralda suja, calor ou frio. Durante os três primeiros meses de vida é frequente os bebés terem dores abdominais por acumulação de gases - cólicas periódicas. O bebé tem períodos irregulares de choro ao longo do dia ou noite e apresenta distensão abdominal. Muitas vezes manifesta desconforto após a refeição, mexendo-se muito.

Para evitar a acumulação de gases apresentamos alguns conselhos:

- Tente criar um ambiente calmo para não transmitir a sua ansiedade ao bebé.
- Evite que durante a refeição o bebé engula ar. Não o deixe muitas horas sem se alimentar porque ao tentar comer mais depressa irá engolir mais ar. Adapte-o bem à mama ou, no caso de usar biberão, tenha o cuidado de o inclinar o suficiente de forma a que a tetina seja completamente preenchida por leite.
- No final de cada mamada segure o bebé com a cabecinha e tronco em posição vertical. Deixe-o arrotar bem e espere assim, mais um pouco, antes de o deitar.

Cansaço
O choro limitado a um período particular do dia (quase sempre nas últimas horas do dia) é provavelmente sinal de cansaço. O bebé cansado pode ter sido muito estimulado durante o dia e assim não adormecer sem passar por um período de agitação.

Alguns conselhos:
Não deixe o bebé chorar durante longos períodos de tempo sem averiguar o motivo. Este é o único meio que o bebé tem para comunicar que alguma coisa está mal.

É importante transmitir calma ao bebé. "Aqui estão os teus pais para te ajudar." Se o choro se tornar inconsolável, se o bebé vomitar, se surgir febre ou recusa em alimentar-se consulte imediatamente o médico. Só ele poderá esclarecer todas as dúvidas.
Carla Sá

A Flauta Quase Mágica




Teatro Municipal S. Luiz
Endereço: Rua António Maria Cardoso, 381200-027 Lisboa
6, 7, 13, 14 Mai: 17h30, 9 a 12 Mai: 11h
A Flauta Quase Mágica é uma reinvenção de A Flauta Mágica de Mozart. No centro da peça estão as figuras de DJ Moz e VJ Art, um duo verdadeiramente transdisciplinar e actual que utiliza os vários talentos de uma equipa criativa, e tambem do público, para criar algo que está algures entre uma peça de música, de teatro e de arte digital.A acompanhar, e quase em simultâneo com a realização da peça, há workshops com Paulo Maria Rodrigues, Luís Girão (Dj Moz) e João Raposo (VJ Art), para alunos do 9º ao 12º ano, cujo objectivo é mostrar como se desconstruiu a Flauta Mágica e como se construiu a Flauta Quase Mágica.Os workshops realizam-se dias 9, 10 e 11 de Maio, das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.

segunda-feira, maio 01, 2006

A Matemática no Jardim de Infância

É dada pouca ou nenhuma atenção à Matemática nas nossas escolas (independentemente do grau de ensino) e o Jardim de Infância não é excepção, esquecendo-nos que esta é decisiva para a estruturação do pensamento.
As crianças vão espontaneamente construindo noções matemáticas a partir das vivências do dia a dia. O papel da matemática na estruturação do pensamento, as suas funções na vida corrente e a sua importância para aprendizagens futuras, determina a atenção que lhe deve ser dada no Jardim de Infância, cujo quotidiano oferece múltiplas possibilidades de aprendizagens matemáticas.
É necessário ter-se presente que a principal finalidade da educação Pré Escolar não é a aquisição imediata dos conhecimentos, mas a formação de atitudes correctas e habilidades necessárias para essa aprendizagem.
O desenvolvimento da criança não pode nem deve ser entendido como uma via cujo trajecto é obrigatório e previamente determinado.
O facto de encontrarmos crianças da mesma idade com capacidades e competências muito diferentes, não nos permite fazer comparações, nem emitir juízos de valor e muito menos estabelecer prognósticos precipitados.
Todas as crianças contêm em si próprias um grande potencial de desenvolvimento que se irá manifestar em plenitude se lhe soubermos proporcionar as condições e as oportunidades e se respeitarmos o seu ritmo de maturação.
A matemática é reconhecidamente decisiva para a estruturação do pensamento humano e a plena integração na vida social. A criança não aprende conceitos numéricos com desenhos, nem apenas pela manipulação de objectos, constroem conceitos à medida em que actuam mentalmente sobre eles e os relaciona. A importância da actividade lúdica para as crianças em idade Pré Escolar é por demais saliente. São as próprias crianças que vão construindo com maior ou menor consistência os conceitos matemáticos na sua vivência do dia a dia, cabendo à escola o papel de sistematizar e consolidar esses seus conhecimentos e capacidades espontaneamente desenvolvidas.
As aprendizagens matemáticas estão ligadas à linguagem porque implicam não só a apropriação do conceito, mas também a sua designação.
Importa que, nós educadores, saibamos propor situações problemáticas e permitir que as crianças encontrem as suas próprias soluções, que as debatam com outra criança, num pequeno grupo, ou mesmo com todo o grupo.
Neste processo de resolução de problemas não se trata de apoiar as soluções consideradas correctas, mas de estimular as razões da solução, de forma a fomentar o desenvolvimento do raciocínio e do espírito crítico. A resolução de problemas constitui uma situação de aprendizagem em que a criança será confrontada com questões que não são de resposta imediata, mas que a levam a reflectir no como e no porquê, fundamental em crianças com 5/6 anos.
É importante que as crianças aprendam não apenas conteúdos matemáticos, mas que se envolvam nos processos matemáticos: procurando padrões, raciocinando acerca de dados, resolvendo problemas e comunicando as suas ideias e resultados. Deste modo as crianças desenvolvem o pensamento crítico.
A pratica pedagógica deveria proporcionar às crianças uma melhor compreensão da natureza do conhecimento, em geral, e da Matemática em particular
Os Educadores de Infância precisam de tomar em consideração os conhecimentos matemáticos informais das crianças, pois tal como outros «conhecimentos consequenciais» (Sternberg, 1984), a matemática não é simplesmente um conjunto de factos e procedimentos isolados a ser memorizados através de uma pratica repetida. A matemática implica um conjunto altamente estruturado de informação repleta de relações. A investigação cognitiva mais recente mostra que a aprendizagem consistente da matemática envolve construir activamente uma compreensão destas relações. Mostra também que estimular essa aprendizagem implica construí-la a partir do conhecimento que as crianças já possuem, incluindo o seu conhecimento informal.
Acima de tudo, deve-se dar à criança a oportunidade de usar os conhecimentos que possui para tentar resolver um problema ou uma questão. O educador deve ouvir com atenção quando as crianças lhe explicam as suas ideias e soluções. (Carpenter, Fennema, Peterson, 1989) Mesmo as respostas confusas ou incorrectas podem ser informativas, porque reflectem o nível de compreensão da criança nesse momento. Além disso, é importante encorajar as crianças a partilharem as suas ideias e estratégias com os outros.(Carpenter et al.,1989; Kamii, 1985). Quando o educador e as outras crianças prestam atenção, isso «diz» à criança que as suas ideias e estratégias são importantes, o que as ajuda a ganhar confiança e também a compreenderem que a parte mais importante da matemática é pensar e comunicar.
Em conclusão, o que se pretende é que a criança descubra, questione, explore e construa o seu próprio conhecimento matemático.


Ângela Monfort

A criança hiperactiva

A síndroma de Défice de Atenção e Hiperactividade pode ocorrer em 3% a 20% das crianças em idade escolar, sendo os rapazes 4 a 9 vezes mais afectados que as raparigas.
A síndroma de Défice de Atenção e Hiperactividade pode ocorrer em 3% a 20% das crianças em idade escolar, sendo os rapazes 4 a 9 vezes mais afectados que as raparigas. Actualmente, a maior exigência e as elevadas expectativas no desempenho escolar levam a um maior número de diagnósticos.

As manifestações clínicas da síndroma de Défice de Atenção e Hiperactividade podem ser muito precoces, mas é na escola que as alterações da atenção e a excessiva actividade das crianças afectadas constituem um problema sério.

Nas crianças com Défice de Atenção e Hiperactividade as alterações do comportamento são a inatenção, a hiperactividade e a impulsividade.

A inatenção manifesta-se pela incapacidade de as crianças se manterem atentas. As crianças evitam tarefas que requeiram concentração, distraem-se facilmente e parecem não escutar. A dificuldade de concentração está sempre presente nesta síndroma.

A hiperactividade resulta na impossibilidade do controlo da actividade e dos impulsos em situações em que o controlo é fundamental, nomeadamente na escola. Perturbam as aulas, respondem antes de ser completada a pergunta, interrompem os colegas, não aguardam a sua vez, mudam constantemente de actividade e não se mantêm sentados. A hiperactividade é a principal característica desta síndroma que, quando associada à impulsividade é particularmente problemática, levando por vezes a acidentes pessoais.

As crianças com Défice de Atenção e Hiperactividade são geralmente desorganizadas, desajeitadas, sem habilidade para o desporto, com um aproveitamento escolar irregular e pouco sociais, o que leva a uma baixa auto-estima.

A causa desta perturbação neurocomportamental ainda não é conhecida. Vários estudos, no entanto, apontam para uma base genética pois há maior risco de incidência em irmãos, principalmente nos gémeos idênticos, e é frequente existir um familiar próximo também afectado, geralmente o pai, nas famílias de crianças com este diagnóstico.

O diagnóstico é essencialmente clínico e baseado em critérios comportamentais. Os sintomas descritos - inatenção, hiperactividade e impulsividade - devem existir há mais de seis meses, ter-se iniciado antes dos sete anos de idade e manifestar-se em diferentes circunstâncias, nomeadamente em casa e na escola.

É sempre necessário verificar se existem doenças associadas, nomeadamente da visão e da audição. Para estabelecer o diagnóstico devem ainda ser excluídas as variantes do normal relacionadas com a idade e o sexo e ainda com as características temperamentais da criança.

Um problema de saúde
Após o diagnóstico são necessários o esclarecimento e aconselhamento adequado da criança, dos pais e dos professores. É fundamental que todos entendam esta alteração de comportamento como um problema de saúde da criança e não como um problema de disciplina. Esta atitude é o passo mais importante para uma evolução favorável. Em casa e na escola todos devem assumir uma atitude positiva valorizando os comportamentos adequados e evitando as críticas sistemáticas.

Na sala de aula o aluno deve estar na primeira fila, deve ser reduzido o número de alunos da turma e deve ser proporcionado apoio educativo individualizado. Devem adaptar-se as actividades escolares ao tempo de concentração do aluno, incentivando-o a participar nas tarefas escolares.

Existe benefício na utilização de medicação psicostimulante na melhoria da atenção e na redução da hiperactividade e impulsividade. No entanto a medicação nunca é a primeira opção de tratamento, devendo ser sempre usada em associação com as alterações da rotina escolar, da estrutura das aulas e da atitude perante a criança, evitando o stress e promovendo a auto-estima.

Os objectivos do tratamento das crianças com Défice de Atenção e Hiperactividade são a melhoria da aprendizagem e do rendimento escolar. A evolução é habitualmente favorável quando a criança é bem acompanhada e apoiada.

Almerinda Maria Pereira

domingo, abril 23, 2006

Formiga

Pelo muro acima vai uma formiga
Com uma mão na testa e outra na barriga

Pelo muro abaixo vai um escaravelho
Com uma mão na barriga e outra no joelho


(enquanto dizemos a lengalenga devemos mimá-la com gestos, principalmente se a estivermos a contar a crianças pequenas (até aos 3, 4 anos). Depois eles próprios o fazem!)

sábado, abril 22, 2006

Os Lugares de Maria

Fundação Calouste Gulbenkian
2-4 anos
7 Mai: 11h-12h, 15h30-17h

No dia em que entrou no museu, Maria conheceu muitos iguais a ela, daqueles que contam histórias com tintas, lápis, telas e objectos. Conversaram sobre viagens e lugares mágicos. No final guardaram as palavras numa aparente e simples caixa de cartão. E se a abríssemos?

Informações Úteis: Marcação prévia
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«O Medo Azul» no Teatro da Vilarinha

O Barba Azul, criado por Charles Perrault e recriado pelos irmãos Grimm, inspirou «O Medo Azul», que estará em cena no Teatro da Vilarinha, no Porto, a partir de quarta-feira e até ao dia 30 deste mês. Trata-se de um espectáculo sobre o medo, encenado e interpretado por José Caldas. Desde tempos imemoriais até à actualidade que as bruxas, os ogres, os lobisomens e outros mitos povoam o inconsciente colectivo, animando numerosas histórias, muitas delas aterrorizadoras. «O Medo Azul» recupera uma dessas figuras míticas e arrepiantes, o “monstro” Barba Azul, levando o público a reviver os grandes medos da infância, deixando-se invadir com prazer pelos sobressaltos e sentindo de novo o grande arrepio.
José Caldas é, simultaneamente, o Barba Azul, sua esposa, mãe, irmã e irmãos, num espectáculo que explora as técnicas do contador de histórias. Marta Silva assina a cenografia: uma cadeira e o figurino do actor/contador, que se metamorfoseiam ao longo do espectáculo, criando personagens, espaços, emoções e atmosferas. O objectivo é potenciar o mínimo no máximo de expressão e sentido, como se do corpo do actor, da sua voz e das suas vestes emergisse todo o universo múltiplo e único. Miguel Rimbaud compôs a música, Alberto Magno apoiou o movimento e a mestra costureira Celeste Gomes preparou os figurinos. A produção é de Isaura Melo. Luísa Neto Jorge e M.J. Gomes traduziram para português o conto O Barba Azul, de Charles Perrault.
Recorde-se que «O Medo Azul» estreou em Março, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, nas comemorações do Dia Mundial do Teatro.
Dirigido a pequenos e grandes, «O Medo Azul», o espectáculo estará em cena no Teatro da Vilarinha, aos sábados às 16h00 e 21h45; domingos às 16h00. Os dias 19, 20 e 21 (4ª, 5ª e 6ª feira) são reservados a ensaios gerais com público, com início 21h45. Na semana de 24 a 28 de Abril haverá também sessões para o público escolar, às 11h00 ou 15h00. O espectáculo tem duração de cerca de 50 minutos. O preço dos bilhetes é de 9 e 4,50 euros (estudantes e <25 anos) e 3,30 euros (grupos).
Paralelamente, a partir de amanhã, a companhia o Pé-de-Vento apresenta «O Brincador», de Álvaro Magalhães, com encenação de João Luiz. O espectáculo, que estreou em 2005, estará em cena até 31 de Maio. Em Abril as sessões são reservadas ao público escolar organizado.

segunda-feira, abril 17, 2006

Educação Parental

Se vai ser pai/mãe nos próximos tempos, então prepare-se porque irá assumir um dos papéis mais desafiadores, extenuantes e difíceis da existência humana, em relação ao qual não há retorno.
Se vai ser pai/mãe nos próximos tempos, então prepare-se porque irá assumir um dos papéis mais desafiadores, extenuantes e difíceis da existência humana, em relação ao qual não há retorno. Pelo menos durante um longo período, acabaram-se os fins-de-semana descansados, as idas ao cinema e os jantares fora. Mesmo que tenha avós disponíveis para acolher o novo elemento da família, a presença dele na sua mente será constante e por isso dificilmente poderá encontrar aquela tranquilidade de antigamente. Não é que eu queira pintar o quadro muito negro, mas quem tem filhos sabe bem que o descanso acabou. Acha que estou a exagerar? Então o melhor é esperar para ver… Vai ver o lado difícil, mas também o outro. É que eles, para além de nos encherem a vida de preocupações, também preenchem a nossa existência de alegria e encantam-nos permanentemente.

Muitas são as dúvidas que assaltam os pais quando desempenham a sua função, nomeadamente se têm dado aos filhos o contributo essencial para que estes cresçam de forma equilibrada e feliz. É muito frequente encontrar pais a culpabilizarem-se quando algo corre mal com os filhos... "Se ele é assim ou se age de forma menos correcta, então eu falhei no desempenho da minha função parental". Este é um raciocínio muito frequente que é urgente alterar, para bem dos pais e dos filhos.

A existência de serviços de apoio e orientação de pais poderia ser uma excelente ajuda para eles viverem de uma forma mais tranquila o desempenho da sua missão, em relação à qual ninguém nasceu ensinado. Estes serviços de apoio poderiam funcionar nas autarquias ou nos centros de saúde e terem como coordenadores psicólogos e psiquiatras. A existência deste tipo de serviço seria de grande utilidade, uma vez que os pais muitas vezes se sentem perdidos e incapazes de definir o tipo de estratégia mais adequada para ajudarem os filhos a resolver problemas, que muitas vezes estão associados a uma determinada etapa do desenvolvimento. Além disto, é urgente que os pais possam treinar competências que lhes permitam mudar alguns comportamentos quando são confrontados com determinadas circunstâncias.

A educação parental é um desafio que se poderá também colocar aos psicólogos que trabalham em contexto escolar, uma vez que a alteração do comportamento dos mais novos passa, sobretudo, por um trabalho intensivo junto dos seus encarregados de educação. Todo o trabalho que for desenvolvido com os pais será uma forma de prevenir o aparecimento de muitos dos comportamentos que são considerados indesejáveis no contexto escolar.

Pais informados, descontraídos e confiantes são meio caminho andado para a felicidade mútua. Torna-se por isso urgente investir mais na formação de quem tem a difícil tarefa de educar.

Adriana Campos

sábado, abril 08, 2006

Boa Páscoa!


e aqui ficam algumas sugestões de actividades de Páscoa, fica sempre bem um cestinho feito pelos afilhados para oferecer aos padrinhos...porque não?!

Espero que gostem!

E porque a fadinha também vai de férias aqui ficam alguns conselhos...

As crianças adoram brincar e interagir umas com as outras, e quanto mais companhia melhor! Opte por locais onde seja normal haver outras crianças de férias. É uma opção benéfica para as crianças mas também para os pais.
A grande maioria de nós anda neste momento muito empenhada nos preparativos para as férias. Independentemente do destino, se vai partir com crianças não se esqueça que as férias são para elas mas também o são para si.

Se é verdade que os adultos procuram essencialmente descansar, carregar as baterias e quebrar a rotina do dia-a-dia, as crianças necessitam de muita companhia, diversão, novas experiências e... muito mimo. O sucesso das férias com crianças depende de algumas opções assertivas.

Longe vai o tempo, mas ainda na memória de muitos de nós, em que a família ia em conjunto para férias no Verão. Todos (avós, pais, tios, primos...) se mudavam de armas e bagagens para a praia ou para o campo. Embora hoje não consigamos perceber, totalmente, como era possível esta coabitação sem tropeços nem amuos, o que é certo é que, quer nós quer os nossos amigos, quando se fala das férias passadas na nossa infância, recordamos com nostalgia alguns episódios. Mas, para além das férias em família alargada, havia outras diferenças: o tempo passava devagar, não havia buracos de ozono nem protectores solares, o sol era bom a qualquer hora e tínhamos a certeza que, ano após ano, os amigos lá estariam à nossa espera.

Cuidados a ter em conta
Hoje em dia, as férias e as famílias são diferentes, mas as crianças continuam a adorar brincar e interagir umas com as outras, quanto mais companhia melhor! Opte por locais onde seja normal haver outras crianças de férias. É uma opção benéfica para as crianças mas também para os pais. Quanto mas companhia eles tiverem menos atenção exigem de si. Quer vá para o campo ou para a praia, não deve esquecer na sua bagagem: muita água (o calor pode provocar desidratação), os indispensáveis protectores solares com índices adequados às crianças e ao tipo de pele, um termómetro; alguns medicamentos (antipiréticos, soro fisiológico para o nariz e outros que o seu pediatra lhe aconselhe). Já agora não esqueça o número de telefone do pediatra, o boletim de saúde e o cartão de utente. Junte ainda à sua bagagem algumas pomadas para as queimaduras, picadas de insecto, algum algodão, alguns pensos rápidos e um desinfectante.

Na praia ou no campo as exposição aos raios solares deve ser feita com precaução para evitar dissabores e tratando-se de crianças os cuidados devem ser redobrados, pois as suas peles são muito sensíveis. Evite a todo o custo a exposição entre as 10 e as 17 horas e aumente muito lentamente o tempo de exposição. No caso de crianças pequenas, comece por dois ou três minutos e não ultrapasse os vinte minutos de exposição ao sol. Aplique previamente em todo o corpo uma boa camada de protector solar com factor de protecção elevado e de preferência com filtro físico (menor risco de provocar reacções alérgicas). Repita a aplicação do protector hora a hora. Reforce com protector as zonas dos ombros, nariz e bochechas. Não facilite, proteja o seu filho mesmo nos dias em que o céu está nublado. Ah! Não esqueça o chapéu e a t-shirt. Mas, se o seu filho é ainda bebé e o levar para a praia, o melhor é mantê-lo sempre à sombra.

Ajude-o a enfrentar o medo da água
O Verão e a água ficam bem de mãos dadas. É inesgotável o prazer que uma criança pode tirar da brincadeira com água. Desde chapinhar na banheira, o abrir e fechar as torneiras do bidé, às marcas dos pés molhados deixadas pela casa fora.... mas, nada que se compare aos saltos e mergulhos nas poças deixadas na areia aquando da maré baixa. Contudo, se o seu filho tem medo da água, tente perceber a razão desse medo, sem nunca o forçar a entrar nela. Brinque com ele próximo da água e proteja-o quando as ondas o "ameaçarem", deixe-se molhar por ele antes o molhar, chame-lhe a atenção para a forma como as crianças da idade dele se divertem na água. Talvez aos poucos ele se entusiasme e troque o medo pelo prazer. Contudo, não deixe de vigiar as brincadeiras com água do seu filho. Mantenha-se atento, seja na praia, na piscina no campo ou mesmo em casa. Não deixe que a água se torne um pesadelo.

Boas férias!

segunda-feira, abril 03, 2006

A MAGIA ESTÁ DE VOLTA!

NODDY regressa a Portugal e traz de novo a Máquina do Tempo numa história encantadora, com luzes e efeitos especiais de prender a respiração.

Depois de ter encantado 75 000 pais e filhos em 2005, o espectáculo do NODDY traz os seus amigos da Cidade dos Brinquedos para encantar Lisboa, Guimarães e Porto com as músicas que tão bem conhecemos da série da TV e do disco.

Veja e reveja o NODDY LIVE!, provavelmente o maior e melhor espectáculo musical infantil de sempre em Portugal. Neste espectáculo cantado em português, são transmitidos valores essenciais como o da amizade, a honestidade, a coragem e o respeito pela Natureza.

No NODDY LIVE! a história gira em torno da invenção do Sr. Faísca, uma máquina que permite controlar o clima e que surpreende o NODDY, a Ursa Teresa, o Sr. Lei, o Orelhas, a Boneca Dina e claro o Carro amarelo e vermelho. Claro está que Sonso e Mafarrico estão à espreita e de tudo farão para obtê-la…

NODDY LIVE é um sensacional espectáculo para toda a família!

Nota: Bilhete Pago a partir dos 3 anos inclusivé. Crianças menores de 3 anos podem entrar acompanhadas dos pais, ou representantes legais, mas não terão direito a lugar devendo permanecer ao colo dos acompanhantes. Quando em dúvida da idade, será pedido um elemento comprovativo à entrada da Sala.

03 e 04 Maio - PAV. MULTIUSOS DE GUIMARÃES
Plateia VIP: 30.00€
1ª Plateia: 25.00€
2ª Plateia: 20.00€
Bancada Palco : 20.00€
Bancada Entrada: 20.00€

Início do Evento: 20H00

6 e 7 Maio - COLISEU DO PORTO
Cadeiras Orquestra: 30.00€
1ª Plateia: 25.00€
2ª Plateia: 25.00€
Tribuna 1º, 2º 3º e 4º Sector: 25.00€
Balcão Popular: 20.00€
Galeria: 17.50€
Geral: 15.00€

Início do Evento: Dia 06 às 19H00 / Dia 07 às 11H00, 15H00 e 19H00

sábado, abril 01, 2006

A Idade do Gelo 2


Estreou ontem, dia 31 de Março



Título Original: Ice Age: The Meltdown
Realizador: Carlos Saldanha
Actores: Ray Romano, John Leguizamo e Denis Leary
Duração: 1:40H horas
M/6 - Animação


A Idade do Gelo chegou ao fim e os animais estão deliciados com o seu novo mundo - um paraíso descongelado, cheio de parques de água, géisers e poços... Mas quando, Manny o mamute, Sid a preguiça e Diego o tigre, descobrem que as milhas de gelo derretido poderão inundar o seu vale, eles têm de avisar os outros animais seus companheiros, e de alguma maneira encontrar um caminho para escaparem ao dilúvio que se aproxima.

História: "O risco das mentiras"

Um senhor disse:
- Macacos me mordam, se o que eu digo não se passou assim mesmo...
Como não se tinha passado assim, nem tão-pouco mais ou menos, veio um macaco e mordeu-o.
Um outro senhor disse:
- Raios me partam, se não é assim tal como eu conto...
Como não era assim tal como ele contava, nem sequer parecido, veio um raio e partiu-o.
Um terceiro senhor disse:
- Ponho as mãos no fogo como falei toda a verdade...
Como não tinha falado toda a verdade, nem sequer um bocadinho, veio o fogo e queimo-o.
O senhor mordido, o senhor partido e o senhor queimado encontraram-se os três, no mesmo hospital. O médico que os atendeu quis primeiro saber o que se tinha passado. Os senhores contaram e, desta vez, sem tirar nem pôr, contaram a verdade por inteiro.
Logo ali, o que tinha sido mordido sarou da mordidela, o que se tinha partido voltou a ficar inteiro, o que se tinha queimado curou-se da queimadura.
Saíram do hospital muito contentes e nunca mais juraram falso.
Acreditam? Não acreditam?
Pois foi assim tal e qual como eu conto.
Que me caia o tecto em cima, se não é verdade!
Sobre a folha de papel da minha história, começa a cair caliça... E cada vez em maior quantidade... Por que será?

António Torrado

domingo, março 26, 2006

Bichinha gata (para a B.)

Bichinha gata
Que comeste tu?
Sopinhas de leite
Onde as guardaste?
Debaixo da arca
Com que as tapaste?
Com o rabo do gato
Sape, sape, sape!

- Bichinha gata,
Comeste já hoje
Sopinhas de leite?
- Comi, comi!
- Guardas-te-me delas?
- guardei, guardei.
- Onde as guardaste?
- Atrás da arca!
- Com que as cobriste?
- Com o rabo da gata!!!

Sape, sape, sape gato...

Sape, sape, sape gata...

Sape, gato vai pró mato...

(E esfrega-se a cara bo bébe com algo muito suave a imitar o rabo da gata)

sexta-feira, março 24, 2006

A Fada Oriana


de Sophia de Mello Breyner, no Teatro do Bolhão.

25 Março às 11h00 e 16h00
26 Março às 11h

quinta-feira, março 23, 2006

Ao Pai...


Pai,

eu sei que você gostaria que houvesse um jeito de fazer-me enxergar a vida através dos seus olhos bem mais experientes, poupando-me de tropeçar pelo caminho.


Eu sei que você gostaria de ter as costas mais largas para carregar também os meus fardos, para aliviar-me de pesos.

Pai, eu sei que às vezes o mundo é cruel e que viver nele pode ser uma árdua tarefa, mas sei também que você gostaria de construir um mundo onde só houvesse o melhor para mim e onde o tempo não fosse tão curto para aprendermos a Vida,

onde não houvesse pessoas capazes de ferir-me,
onde eu pudesse apenas brincar de viver.
Eu sei que você gostaria de dar-me esse presente.

Pai, eu sei da tristeza que você sente por não poder impedir que eu sofra, que eu fique doente, que abusem de mim, que os perigos me rondem e que a fé se desfaça em meu coração.

Sei das cicatrizes que você carrega, provocadas por ferimentos
que já me atingiram no passado.

Sei das suas angústias e sobressaltos quando algo ameaça o meu tempo presente.

Sei das suas vontades e ansiedades voltadas para o meu futuro.

Ah, Pai, que maravilhoso futuro você gostaria que eu vivesse!

Eu sei disso, Pai.

E por saber tanto, eu lhe peço, ouça-me:
Se dores eu sofri, maiores elas teriam sido sem a sua presença.
Se em pedras muitas vezes eu tropeço e caio, lembro-me que foi você quem ensinou-me a levantar.

Se olho para o futuro e sinto medo, ele se vai assim que eu recorro à fé que você plantou em mim.

Agradeço a Deus por ter escolhido você para orientar os meus passos.

Foi com você que aprendi que quando a jornada torna-se difícil
Ele (Jesus) nos toma nos braços.
Obrigado, Pai!

quinta-feira, março 16, 2006

Comer sem ajuda

É o sonho de todos os pais e a preocupação da maior parte: que a criança coma sózinha e com apetite.

É o sonho de todos os pais e a preocupação da maior parte: que a criança coma sozinha e com apetite. No entanto, muitas crianças recusam-se a comer o que têm no prato, obrigando a longas sessões de promessas, ameaças e muito desgaste para ambas as partes.

Os psicólogos afirmam que estes problemas com a comida se ficam a dever a perturbações no desenvolvimento normal da ingestão de alimentos e da sua relação para com a comida.

Mesmo as crianças mais pequenas gostam de levar a comida à boca, mexer na colher e espalhar os alimentos à sua volta.
Deve sempre incentivá-la, mesmo que isso signifique algumas horas a limpar os despojos de guerra. A criança vai meter a mão no prato, lambuzar-se, sujar-se e nem todos os adultos têm paciência.

Comer pela sua própria mão é o princípio da autonomia da criança, além de incrementar a sua capacidade manual.
Infelizmente muitos pais negam esse prazer às crianças, insistindo em dar-lhe a comida à boca e levando a cenas à hora da refeição.

Se o que preocupa os pais é o facto dela não conseguir segurar ainda o garfo e a faca, é porque ainda deve ser pequena demais, sem a necessária coordenação motora. Cabe, como sempre, aos pais ensiná-la gradualmente a usar os talheres para não se sujar, permitindo-lhe de vez em quando usar as mãos (os adultos também as usam e sabem o prazer que isso dá), nunca descurando a liberdade que deve ter para apreciar o acto de comer.

Assistir à forma como a família come à mesa irá dar à criança a ideia certa da forma como deve actuar, ao mesmo tempo que tira prazer de brincar com a comida.

Os bebés nunca recusam uma refeição, mamando sempre com prazer, mas nem sempre os adultos respeitam o prazer que leva as crianças a comer.

No primeiro ano, o bebé aumenta de peso quase todos os dias, mas a partir dessa altura, deixa de ter tanto apetite, aumentando apenas cerca de dois quilos em todo o ano, mas as mães ficam demasiado nervosas com a situação, pensando logo em doenças.

Por isso levam as crianças ao médico, que acaba por receitar alguns remédios para "abrir o apetite", que podem mesmo ser perigosos, provocando hipoglicemia, sonolência ou agitação, ou forçam-nas a comer, criando uma relação errada de obrigação para com a comida, em vez de uma relação de prazer.

Também a angústia que os pais apresentam face à recusa das refeições pode ser um empecilho a uma relação saudável com a comida, e muitos pais chegam mesmo às ameaças e pancadas, que apenas vão causar maior pressão.

Outro problema coloca-se na vida sedentária que as crianças levam frente à televisão, o que é o oposto da vida saudável de saltos e brincadeiras que realmente lhe abririam o apetite. A televisão vai apenas despertar-lhe o interesse para os produtos anunciados, a maior parte dos quais sem qualquer qualidade nutritiva.

Uma boa solução para as crianças que fazem birra na hora das refeições é não forçar, mas assim que levantar a mesa, retirar da vista todos os alimentos, inclusive a fruta, proibindo todos os parentes próximos de lhe dar nem que seja uma bolacha.
Dois dias depois, se as birras persistirem, mantenha o mesmo método, mas comece a espalhar pedacinhos de pão seco pela casa, em locais onde ela possa chegar e ver. Verá que eles desaparecem. Em todo o caso, nunca ceda a comprarlhe petiscos apenas porque não almoçou. Se a criança persistir em não comer, é melhor procurar ajuda médica, porque podem estar por detrás outros problemas.

Mesmo que esteja preocupada com a situação, tenha em conta que o instinto de preservação da criança é muito mais apurado do que os pais pensam, o que a levará a comer mais cedo ou mais tarde, muitas vezes longe dos pais.

Por outro lado, os elogios exagerados a uma criança que comeu tudo, levam-na a comer sempre mais para ser elogiada, especialmente se essa for das poucas atenções que recebe dos pais (e sabemos que muitas famílias apenas se reúnem durante uma refeição).

Abusar dos doces para compensar a comida que não foi ingerida não só é errado como contrapucedente, uma vez que vai estar a privar a criança de vitaminas, fibras, sais minerais e outros nutrientes essenciais.

Outros pais reforçam a alimentação com suplementos proteicos e vitaminas, geralmente misturados no leite o que resulta numa luta do organismo contra o excesso de proteínas, e a criança não vai suportar comer carne. O excesso de vitaminas também pode intoxicar e tirar o apetite.

Hoje em dia, a grande atracção alimentícia das crianças passa pelos fast-foods. Hambúrgueres ou pizzas fazem as suas delícias, mas também são prejudiciais à saúde por apresentarem apenas proteínas e gorduras saturadas. Cada refeição é equivalente a 100 calorias, quase tudo o que uma criança entre os 2 e os 7 anos precisa em todo o dia.

Mas não é preciso privar a sua criança deste pequeno prazer. Uma vez por semana é suficiente, se ele for dos que pede para ir sempre, ou então de cada vez que for fazer compras. Mais do que isso é arriscar à obesidade.

A relação com a comida começa nos primeiros meses e mantêm-se para toda a vida e é aos pais que cabe o papel principal em ensinar e fazer com que essa relação seja saudável e duradoura.

sábado, março 11, 2006

O Lobo Diogo e o Mosquito Valentim

Dia 26 de Maio às 18h e as 21h; dia 27 de Maio às 17h na Casa da Música


por Eurico Carrapatoso

Antecedendo o concerto em que será interpretada a cantata O Lobo Diogo e o Mosquito Valentim, que se apresentará pela primeira vez numa versão encenada, com a Companhia de Teatro de Marionetas do Porto, o próprio compositor sentar-se-á frente ao público para apresentar alguns aspectos relacionados com a composição da referida obra. Sendo o referido espectáculo aquilo que a público vem dum projecto educativo de maiores dimensões (envolvendo um grupo de crianças e jovens, formado na sequência de audições, que ao longo de vários meses teve a oportunidade de trabalhar na preparação e montagem do projecto musical), além de Eurico Carrapatoso, estarão presentes nesta conversa outros intervenientes que abordarão aspectos relacionados com a prepação e a encenação da obra.

Preço: 2 euros, com direito a entrada no concerto

Inscrição: Limitada

Contos com música

Maiores de 3 anos
Pela Orquestra Metropolitana de Lisboa
>Com João Reis, narrrador, Luís Rodrigues narrador, Bárbara Guimarães, apresentação, Cesário Costa, maestro
Estreia absoluta de obras encomendadas pela OML, Co-produção OML-Teatro Municipal São Luiz
10, 15 a 17 Mar: 15h30,
11, 12, 18, 19 Mar: 17h30
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O Teatro Municipal S. Luiz, em colaboração com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, apresenta um espectáculo de ópera para crianças, dirigido por Cesário Costa e apresentado por Bárbara Guimarães. São duas óperas em estreia mundial: O Violino Cigano, conto tradicional cigano com música original de Pedro Faria Gomes e Contos Fantásticos que inclui três histórias de Terry Jones, A Estrada Rápida, Três Pingos de Chuva e Tomás e o Dinossauro. Esta última tem música original de Luís Tinoco.

sexta-feira, março 10, 2006

Enurese Infantil

É fundamental relembrar que a enurese é involuntária, pelo que a criança não deve ser castigada ou culpabilizada. Um ambiente de ansiedade ou rigor excessivos em relação a este problema podem tornar-se nocivos e adiar a resolução.

A enurese consiste na micção involuntária a partir de uma idade na qual já se deveria ter adquirido o controlo da bexiga.

Na ausência de situações adversas, o controlo dos esfincteres, quer diurno quer nocturno, ocorre, em cerca de 98% das crianças, até aos 5 anos de idade.

A enurese pode ser nocturna (quando ocorre apenas durante o sono) ou diurna (quando ocorre com a criança acordada). A nocturna é de longe a mais comum. São vários os factores que contribuem para esta situação e, geralmente, estão relacionados com a profundidade do sono, a menor capacidade da bexiga e uma maior produção de urina durante a noite.

A enurese nocturna considera-se primária quando ocorre todas as noites e secundária quando se verifica após um período de controlo prévio, geralmente mais de um ano. A secundária exige a investigação de factores orgânicos e emocionais.

Conselhos para ajudar crianças com enurese
Os pais devem ajudar a criança a resolver este problema incentivando-a através de um sistema de prémios, à medida que vai conseguindo o controlo. É fundamental relembrar que a enurese é involuntária, pelo que a criança não deve ser castigada ou culpabilizada. Um ambiente de ansiedade ou rigor excessivos em relação a este problema podem tornar-se nocivos e adiar a resolução.

Existem ainda medidas práticas que ajudam na resolução do problema:
- o quarto da criança deverá sempre ficar o mais próximo possível da casa de banho, de modo a facilitar o acesso;
- deixar uma luz acesa;
- não encorajar o uso de fraldas;
- proteger o colchão;
- estimular a criança a ingerir líquidos durante o dia para que possa reconhecer a sensação de bexiga cheia;
- reduzir a ingestão de líquidos à noite (prinicpalmente o leite);
- utilização de um despertador.
Na maioria das crianças, a enurese trata-se seguindo estas recomendações. Se optar por recorrer ao uso de fármacos, deve fazê-lo com a prescrição de um médico especialista na área. Estes medicamentos fundamentam a sua acção na produção de um efeito antidiurético. O mais comum é a desmopressina, que pode ser administrada por via oral ou intranasal. É de salientar que o seu uso só é recomendado em crianças com mais de 5 anos de idade, devendo a dose ser adequada ao seu peso e administrada sob vigilância médica. Estes fármacos têm como efeitos secundários a hiponatremia (baixa de sódio) e, consequentemente, convulsões e retenção de água.

Na consulta de pediatria, a dose é ajustada de acordo com a evolução da criança, à qual é pedido o preenchimento de um calendário onde deverá apontar os dias em que não ocorrem "acidentes", de modo a avaliar os progressos alcançados.

Por todos estes aspectos, a criança com enurese deverá ser seguida numa consulta de especialidade, onde a avaliação e o tratamento serão individualizados e adequados à especificidade da situação.